Em um cenário geral, a cirurgia da coluna vertebral é eficaz para a resolução de disfunções nas vértebras, discos ou nervos.
A cirurgia pode ocorrer em qualquer um dos 3 níveis da coluna que apresentem complicações: região cervical, dorsal ou lombar.
Algumas situações que demandam a cirurgia são:
As causas desses problemas podem variar entre idade avançada, sobrepeso, sedentarismo e esforços repetitivos sem condicionamento muscular adequado. Talvez, esses fatores se deem devido ao trabalho, prática de esportes ou doenças clínicas crônicas.
Nesses casos, quando o tratamento tradicional não é suficiente, a cirurgia é o método mais eficaz de tratamento.
Cabe ao profissional responsável decidir qual é o tratamento mais adequado. Deste modo, poderá decidir entre os minimamente invasivos (com endoscópicas) ou demais procedimentos. Todas as escolhas terão o suporte tecnológico necessário, causando o mínimo de impacto e o máximo de eficiência.
A medula espinhal passa pela cervical que guarda fibras nervosas provenientes do cérebro. Elas são concentradas em um pequeno calibre que se distribui para todo o organismo.
Por isso, os sintomas de doenças da cervical podem se desenvolver do pescoço para baixo, nos membros superiores e inferiores, órgãos do tórax, abdome e pelve.
Os sintomas mais comuns são: dor no pescoço (cervicalgia), dor de cabeça, dor irradiada para os braços, fraqueza e alteração da coordenação de movimentos de braços e/ou pernas, dormências, formigamentos e atrofias.
Casos mais avançados podem ocasionar alterações do funcionamento de órgãos, principalmente bexiga e intestino, e em situações mais graves, pode ocorrer insuficiência respiratória.
Apesar de mais longo, esse é o segmento da coluna com menor mobilidade e, portanto, onde é menos comum o desenvolvimento de doenças relacionadas ao movimento, como as degenerativas.
Os sintomas de patologias nessa região estão relacionados a força muscular e sensibilidade das pernas, alterações urinárias e intestinais, além de dor nas costas e irradiações para o tórax ou abdome.
É na lombar que se localiza o centro de gravidade do corpo, isto é, para onde se converge o maior peso do corpo, além de ser responsável por significativa mobilidade.
Sendo assim, é a região mais suscetível a doenças degenerativas (por sobrecarga e “desgaste”).
Lombalgia é a segunda queixa mais frequente nos pronto-atendimentos do mundo todo, perdendo apenas para dor de cabeça (cefaléia).
De acordo com pesquisas, até 90% da população terá pelo menos 1 episódio de dor lombar intensa ao longo de sua vida.
Para entender as doenças que afetam a coluna, é importante saber que a mesma se compõe de vértebras com ossos, cartilagens, ligamentos, articulações, discos e o sistema nervoso no seu interior.
Cada uma dessas estruturas está sujeita a alterações patológicas que podem ser de origens inflamatórias, infecciosas, tumorais, metabólicas, degenerativas, traumáticas ou por deformidades da criança e do adulto.
Atualmente, existe uma grande diversidade de procedimentos disponíveis, dentre os quais destacamos:
Cabe ao especialista avaliar e indicar o procedimento e técnica mais adequados. Além destas, existem doenças degenerativas que podem afetar a coluna.
Degeneração é a perda progressiva da função de células e tecidos. Na coluna vertebral, os discos intervertebrais são os mais sujeitos a essa patologia.
Alterações químicas, mecânicas e inflamatórias levam a mudanças da estrutura e perda da função (neste caso, sustentação, absorção de impacto e mobilidade entre as vértebras).
As causas já detectadas, de doenças degenerativas, são
É a patologia mais conhecida, mas também podem ser citadas:
Apesar de famoso, o termo “hérnia”, muitas vezes é mal utilizado quando se refere a distúrbios menos graves chamados abaulamentos e protrusões discais.
A doença degenerativa discal é mais comum na cervical e lombar, onde há maior mobilidade da coluna.
A lombar, além de mobilidade, sofre também prejuízo da sobrecarga, principalmente relacionada ao excesso do peso corpóreo que suporta.
O tratamento principal de doenças degenerativas da coluna vertebral consiste em prevenção e condicionamento físico.
A educação postural e o adequado fortalecimento da musculatura ao redor da coluna (por meio de fisioterapia, hidroterapia, musculação, técnicas de alongamento, natação) garantem maior estabilidade e menor sobrecarga da mesma.
Atividade física bem orientada promove redução da velocidade de degeneração. Soma-se a esse cenário o controle rigoroso das doenças clínicas, perda de peso e hábitos de vida saudáveis.
A cirurgia ocupa o seu lugar como mais uma ferramenta terapêutica. Quando bem indicada, por cirurgião especializado, tem grande benefício.
Esta categoria é causada pelo envelhecimento da população e elevação do número de pessoas com debilidade imunológica.
Algumas dessas doenças são:
Todas podem ser causadas por sobrecarga mecânica (casos crônicos) ou serem resultados da proliferação de vírus e bactérias.
Um exemplo disso é a Tuberculose vertebral (ou Mal de Pott), infecção causada pela micobactéria da Tuberculose. O tratamento é basicamente clínico, medicamentoso (conservador).
Quando há necessidade de abordagem cirúrgica, normalmente é com finalidade diagnóstica através de biópsia, no insucesso da terapia conservadora para limpeza e reconstrução em casos graves de Espôndilo-discite com destruição vertebral e perda da estabilidade.
Os tumores (ou neoplasias) podem ser da coluna (de origem na própria coluna, chamados primários) ou na coluna (origem em outros órgãos, com metástase para a coluna, chamados secundários).
Podem também ser de origem em estruturas adjacentes à coluna, com invasão da mesma. Benignos ou malignos, os sintomas ocorrem de acordo com o local, tipo e efeitos infiltrativo, compressivo, proliferativo ou destrutivo.
Para definição de tratamento desse grupo de patologias, a análise é multifatorial, levando-se em consideração vários critérios como número de lesões, estado clínico do paciente, agressividade e localização do tumor, extensão do envolvimento ósseo e a presença ou ausência de déficit neurológico.
Necessita abordagem individualizada e multidisciplinar, envolvendo esforços do neurocirurgião especializado em coluna e do oncologista.