Entenda a Diferença entre Síndrome Parkinsoniana e Doença de Parkinson

Dr. Fabio Godinho

Dr. Fabio Godinho

Neurocirurgião | CRM 87108
Síndrome Parkinsoniana e Doença de Parkinson

Doença de Parkinson (Parkinsonismo primário – hereditário ou idiopático) e Síndrome Parkinsoniana não são sinônimos.

Doenças diferentes e causas muito diversas podem produzir a Síndrome Parkinsoniana. Porém, a principal causa desta Síndrome é a própria Doença de Parkinson, em aproximadamente 70% dos casos.

O que é a Síndrome Parkinsoniana?

Condições neurológicas que têm em comum a presença de sintomas clínicos característicos da Doença de Parkinson, incluindo: tremor, movimentação lenta ou com dificuldade, rigidez articular/muscular, instabilidade postural e dificuldade de equilíbrio.

A Doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa de evolução progressiva, que pode apresentar também distúrbios da fala, dificuldade para engolir, depressão, dores, tontura, distúrbios do sono, respiratórios ou urinários.

Quais as causas da Síndrome Parkinsoniana?

A doença de Parkinson é a principal causa. A síndrome parkinsoniana também pode ser causada por efeito colateral de alguns medicamentos (ex. antipsicóticos que bloqueiam a ação da dopamina), devido a encefalite viral, outras doenças degenerativas (ex. Paralisia Supranuclear Progressiva, Atrofia de Múltiplos Sistemas, Demência por Corpos de Lewy), AVC, tumores cerebrais, lesões encefálicas traumáticas, ou toxinas.

Quais são os sintomas da Síndrome Parkinsoniana?

Assim como na Doença de Parkinson, os sintomas da Síndrome Parkinsoniana incluem:

  • Tremor;
  • Dificuldade e lentidão nos movimentos;
  • Rigidez;
  • Instabilidade postural.

Contudo, doenças capazes de causar a Síndrome Parkinsoniana podem também gerar outros sintomas, tais como:

  • Sintomas do Parkinsonismo em apenas um lado do corpo;
  • Perda de memória;
  • Quedas acidentais;
  • Pressão arterial baixa, dificuldade para engolir, problemas urinários e constipação;
  • Movimentos oculares anormais;
  • Incapacidade de realizar tarefas simples, ou de associar objetos e suas funções.

Como a Síndrome Parkinsoniana é diagnosticada?

Através da história clínica e do exame neurológico. Sintomas que aparecem precocemente (isto é, no início do seu desenvolvimento) como desequilíbrio, engasgos, quedas frequentes, alucinações visuais e alteração da memória podem sinalizar Parkinsonismo atípico. Nestes casos, a ressonância magnética auxilia no diagnóstico etiológico. No caso da doença de Parkinson, não são esperadas alterações específicas nas sequências que são habitualmente realizadas. Centros especializados de imagem costumam realizar sequências SWI de Ressonância que detectam o apagamento do “sinal da cauda de andorinha”, algo frequente nos portadores de Doença de Parkinson. Salienta-se, porém, que o diagnóstico da Doença de Parkinson é clínico e não requer alteração na ressonância magnética.

Qual o tratamento para a Síndrome Parkinsoniana?

Em relação à doença de Parkinson, os sinais e sintomas respondem de forma satisfatória as medicações. O mesmo não ocorre nas diversas doenças que trazem parkinsonismo atípico. Nesses casos, A Levodopa pode trazer algum benefício, mas as terapias não medicamentosas têm maior eficácia.

O tratamento cirúrgico é destinado única e exclusivamente para o tratamento dos sintomas da Doença de Parkinson. Deste modo, o sucesso cirúrgico depende do diagnóstico apropriado da causa do Parkinsonismo.

Aviso: Estas informações foram de caráter apenas educativo. Para esclarecimentos especializados – somente um profissional de saúde habilitado pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos específicos, e/ou prescrever medicamentos.

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