Cirurgia para Doença de Parkinson: quando é recomendada?

Dr. Fabio Godinho

Dr. Fabio Godinho

Neurocirurgião | CRM 87108

Antes de descobrir a resposta sobre a cirurgia para Doença de Parkinson, é importante que você entenda o que leva um paciente à cirurgia e quais são os tratamentos anteriores.

Em primeiro lugar, saiba que a Levodopa é a principal medicação no tratamento da Doença de Parkinson.

No entanto, o uso contínuo e prolongado da medicação leva ao aparecimento de 2 complicações em uma fase mais avançada da doença.

A primeira complicação se chama Flutuação Motora. Ela ocorre quando o paciente necessita de doses maiores e mais frequentes de medicação para controlar os sintomas da doença.

Mesmo tomando doses maiores, o paciente com Flutuação Motora apresenta sintomas intensos em diversos períodos do dia e da noite, trazendo sofrimento a ele e à família.

Neste momento, a cirurgia está indicada, visto que controla e estabiliza as manifestações da doença. E evita a instabilidade e intensidade dos sintomas ao longo do dia como acontece quando o paciente toma apenas a medicação.

Além disso, a segunda complicação é a Discinesia, que é um estado de agitação motora involuntária que ocorre principalmente após a tomada da medicação.

A presença de discinesias não controladas também indica a cirurgia para Doença de Parkinson.

É importante dizer que tanto a Flutuação motora quanto as Discinesias trazem muito sofrimento nos pacientes com Doença de Parkinson e, quando não controladas, indicam a necessidade de cirurgia em um paciente com estado mental preservado.

Enfim, quando o paciente apresenta tremor não controlado com os medicamentos, ou quando ele não tolera os efeitos colaterais das medicações, ele também se torna um candidato à cirurgia.

A cirurgia para Doença de Parkinson é indicada apenas se o uso de medicamentos não for totalmente eficaz.