Cervicalgia, também conhecida como “dor no pescoço”, é um problema de saúde bastante comum que pode afetar até 50% da população em algum momento da vida, sendo a quarta principal causa de incapacidade e de faltas no trabalho. Os sintomas mais comuns são dor e/ou desconforto na região do pescoço, acompanhados ou não da sensação de rigidez na cervical.

Podemos classificar a cervicalgia de acordo com a duração dos sintomas: aguda (até 6 semanas), subaguda (de 6 semanas a 3 meses) e crônica (acima de 3 meses). Os quadros agudos geralmente apresentam melhora em até 2 meses, mas aproximadamente 50% dos casos podem se tornar crônicos. As principais causas são dores musculares, potencialmente associados a má postura, movimentos repetitivos durante a rotina, falta de condicionamento físico, sedentarismo, obesidade e tabagismo. Outras causas possíveis são lesões traumaticas, como quedas e acidentes esportivos ou automobilísticos, hérnias de disco, outras alterações degenerativas na coluna cervical, além de situações menos frequentes – como inflamações por doenças reumatológicas, neoplasias e doenças ósseas.

Vários sintomas podem estar associados a cervicalgia, como: dor de cabeça, espasmos musculares, dificuldade para movimentar o pescoço e dificuldade para dormir. A dor pode ser constante ou intermitente, pode irradiar para os ombros e braços – causando uma sensação de formigamento ou dormência. E, em alguns casos, pode estar associada a fraqueza dos movimentos dos braços e das pernas.

O diagnóstico da cervicalgia é feito com base no histórico, sintomas, e no exame físico realizados pelo profissional de saúde. Em alguns casos, podem ser necessários exames de imagem, como radiografias, tomografias ou ressonância magnética, para avaliar a coluna cervical e buscar a origem do problema. O acompanhamento por um profissional capacitado é fundamental, pois alterações radiológicas podem estar presentes em até 60 a 80% da população assintomática.

A prevenção da cervicalgia pode ser feita com a adoção de alguns hábitos saudáveis, como manter uma postura adequada enquanto sentado, fazer pausas no trabalho para alongar e relaxar os músculos do pescoço, praticar atividade física regularmente, e cuidar da alimentação.

O tratamento da cervicalgia depende da causa. Após um diagnóstico correto, o médico pode recomendar o uso de compressas quentes para ajudar no alívio da dor, fisioterapia, acupuntura, medicamentos para dor e inflamação, injeções de medicações ou cirurgia, quando necessário.